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Documentos Necessários para Comprovar que Sua Cirurgia é Reparadora e Não Estética

  • Foto do escritor: Dra. Carla de Albuquerque Pereira
    Dra. Carla de Albuquerque Pereira
  • 26 de set. de 2024
  • 3 min de leitura

Muitas vezes, pacientes que necessitam de cirurgias plásticas reparadoras se deparam com negativas por parte das operadoras de planos de saúde, que alegam tratar-se de um procedimento meramente estético. No entanto, a diferença entre cirurgias estéticas e reparadoras é crucial para definir o direito à cobertura, e comprovar essa necessidade depende de uma documentação adequada e robusta.

Se você está passando por essa situação e precisa comprovar que a cirurgia é reparadora, confira abaixo quais documentos são essenciais para defender seu direito!


1. Relatório Médico Detalhado 📝

O relatório ou laudo médico é o documento mais importante para justificar a necessidade da cirurgia. Ele deve conter:

  • Histórico Clínico do Paciente: Descrição da condição de saúde, como ela afeta o paciente, tratamentos anteriores realizados e a evolução da doença ou trauma.

  • Indicação da Cirurgia: Motivo pelo qual a cirurgia é indicada, incluindo como o procedimento contribuirá para a melhoria da saúde e qualidade de vida do paciente.

  • Risco à Saúde e Complicações: Explicação sobre os riscos à saúde caso a cirurgia não seja realizada, como infecções, desconfortos, limitações de movimento, entre outros.

  • CID (Classificação Internacional de Doenças): É fundamental que o médico inclua a CID no relatório, classificando a patologia que justifica a cirurgia como reparadora.

💡 Dica: Peça ao médico que seja o mais específico e detalhado possível no laudo, utilizando linguagem técnica e referenciando normas e diretrizes médicas para fortalecer o documento.


2. Exames Complementares 📊

Inclua todos os exames que comprovem a necessidade da cirurgia. Podem ser exames de imagem (radiografias, ressonâncias, tomografias), exames laboratoriais ou outros relatórios de profissionais da saúde que atestem a condição clínica. Esses documentos devem ser recentes e mostrar de forma clara o problema de saúde que demanda a cirurgia.


3. Fotos e Documentação Visual 📷

Em casos onde o problema seja visível (excesso de pele, cicatrizes, deformidades faciais), é interessante anexar fotografias que ilustrem o impacto da condição. Essas fotos devem ser feitas em ambientes profissionais e seguir as normas de ética e privacidade.


4. Parecer de Outros Especialistas 👨‍⚕️👩‍⚕️

Se possível, obtenha pareceres de outros especialistas que corroborem a indicação cirúrgica. Isso inclui médicos de diferentes especialidades que possam reforçar a necessidade do procedimento reparador, como cirurgiões plásticos, dermatologistas, ortopedistas e fisioterapeutas.


5. Prontuário Médico 🏥

Solicite ao hospital ou clínica onde o tratamento anterior foi realizado o prontuário médico completo do paciente, especialmente se ele já passou por intervenções relacionadas ao mesmo problema. O prontuário pode incluir notas de cirurgia, resultados de outros procedimentos e detalhes do tratamento anterior.


6. Normas Técnicas e Resoluções da ANS 📑

A ANS possui um Rol de Procedimentos que define quais são as cirurgias reparadoras de cobertura obrigatória. Anexe ao pedido de cobertura as resoluções da ANS que comprovam que o procedimento se enquadra como obrigatório, assim como outras normas técnicas aplicáveis.


7. Relatório Psicológico (se aplicável) 🧠

Para algumas cirurgias reparadoras, como a reconstrução mamária, é importante anexar um relatório psicológico que demonstre o impacto emocional e psicológico causado pela condição. Isso pode incluir problemas de autoestima, depressão e outras consequências que afetam a saúde mental do paciente.

Como Utilizar a Documentação para Garantir a Cobertura?

Após reunir todos esses documentos, envie um pedido formal à operadora de saúde, anexando cada um dos itens mencionados, e solicite a autorização do procedimento. Caso a resposta seja negativa, é essencial buscar orientação jurídica para recorrer à decisão.

Passos para Contestar uma Negativa de Cirurgia Reparadora:

  1. Solicite a negativa por escrito, com os motivos e fundamentação legal citados pela operadora.

  2. Registre uma reclamação na ANS e no Procon, apresentando todos os documentos que comprovem a necessidade.

  3. Se necessário, entre com uma ação judicial. Nesse caso, todos os documentos já reunidos serão essenciais para convencer o juiz a conceder a liminar.


💡 Lembre-se: A cobertura de cirurgias reparadoras é um direito garantido por lei! Tenha toda a documentação organizada para evitar negativas injustas e garantir o tratamento que você precisa.







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